Uma tarde paulista, quase como todas as outras. Um café, na Augusta.
- Eu não quero que você se apaixone por mim.
- Mas eu não vou me apaixonar por você. Nossa polaridade não bate, você nunca percebeu?
- Não sei.
Ela pede um chá verde, ele um capuccino. Olham-se, longamente.
- A gente até pode se envolver, mas eu tenho namorado e as coisas só poderão ir até determinado ponto.
- E daí?
- E daí que se você se apaixonar por mim, vai estragar tudo.
- Eu já disse que não vou me apaixonar.
Contemplam-se.
- E se você se apaixonar por mim?